sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Mais vocações para comunidades tradicionais. Vocações femininas.



O blog New Liturgical Movement, via “Kansas Catholic”, nos trouxe belíssimas imagens da Investidura e dos primeiros votos das irmãs da Congregação “Beneditinas de Maria, Rainha dos Apóstolos” (Benedictines of Mary, Queen of Apostles).
As irmãs Beneditinas formam uma comunidade recente, fundada em 1995 (15 anos), através da proteção da produtiva Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, na diocese de Scranton.
Em 2006, as irmãs são convidadas a atuar na diocese do Kansas, onde residem até hoje, pelo bispo Dom Robert W. Finn. Dom Finn agraciou a comunidade com um prédio provisório até que o grupo tenha condições financeiras de construir um convento num terreno doado por benfeitores e providenciou para que toda a situação canônica estivesse em ordem.
Em 2008 a comunidade era formada por 18 beneditinas. Hoje, há pelo menos mais 5 novas irmãs, em diferentes estágios da vida monástica e mais uma dúzia de pretendentes.
Qual é o fermento da comunidade? Bom, antes de responder é preciso destacar que, com a recente Visitação Apostólica em curso nos EUA, para investigar justamente a decadência dos conventos e mosteiros femininos, já estamos acostumados a ver os EUA como um deserto de vocações femininas. Segundo o cardeal Franc Rodé, encarregado pela visita, o que fez e faz as comunidades femininas minguarem nos EUA é a mentalidade mundana, secular e o feminismo que, por alguma fresta, entraram nas comunidades.
Então, as irmãs beneditinas luzem como um sinal vivo e autêntico de contradição. Enquanto as congregações tradicionais (incluindo outros ramos beneditinos) morrem e definham como um galho solto da arvore, as irmãs florescem e prosperam!

A resposta para o sucesso das irmãs está justamente na estrita observância das práticas tradicionais da vida monástica, tornando o mosteiro uma verdadeira escola para o seguimento de Jesus Cristo e não uma comunidade libertadora e feminista.
As irmãs vivem uma vida religiosa e litúrgica segundo os livros publicados antes da reforma de 1969. Ah! Eis o ingrediente do sucesso. Nenhuma comunidade tradicional experimenta problemas vocacionais. Permitam-me repetir, para eterno desgosto daqueles que se opõem e se envergonham do passado da Igreja - Nenhuma!
Isso só nos faz ter a certeza aritmética que o passado da Igreja não é, nem de longe, como pintam alguns clérigos.
Fraternidade Sacerdotal São Pedro e Instituto Cristo Rei estão adiando a entrada de jovens nos seus seminários por falta de espaço. O Cônegos de São João Cantius também estão regulando as vocações por falta de espaço. Os Franciscanos da Imaculada, o único ramo franciscano que está crescendo, estão quase no mesmo estágio. É um desastre para todos aqueles que afirmam que o Motu Proprio só causou problemas! Onde estão esses problemas? Vocações crescendo, liturgias com decoro e catecismo ensinado são problemas? Talvez na cabeça confusa e dialética desses críticos, sim, são problemas graves!

Adicione aos grupos listados acima outros que, embora não vivam segundo a liturgia antiga, levam a sério aquela tarefa particular que, no passado medieval e obscuro da Igreja, se chamava “salvação das almas”; grupos como Opus Dei e a Legião de Cristo (embora este último com problemas técnicos que não desabonam, absolutamente, a obra dos seus padres).
E que nos apresentam os críticos do Papa Bento XVI? Seminários vazios, ordens religiosas envelhecidas ou empobrecidas, quando existem. Outros frutos são: a vida desregradas das paróquias, deformação do “carisma” das ordens tradicionais (se encontrar um Jesuíta brasileiro que viva como jesuíta, me avise), desleixo com a missão e o apostolado de conversão, etc.
E está ai, claro como a água do nosso batismo. Quantos não pensam que a função primordial e essencial da Igreja Católica é ajudar os pobres, como uma ONG. É só perguntar para qualquer católico moderno na saída da missa.
Mas essas irmãs e todos os membros das comunidades tradicionais estão dizendo: Não é bem assim, ajudar é importante, mas salvar é o fundamental!
E elas crescem e crescem, transbordam e vivem com alegria e maturidade a vocação para a qual foram chamadas. E nos brindam com belíssimas cerimônias, verdadeiramente tocadas pelo amor de Deus e pela misericórdia de Cristo!
Enquanto que o fermento dos críticos de Bento XVI é o mesmo fermento dos Fariseus (cf. São Lucas 12,1) e só produz pão terreno e perecível (uma mistura de glútem e progressimo), essas comunidades são alimentadas com o Pão Vivo que desceu dos céus e que lhes dará vida eterna.
Rezemos, caros leitores, por essa jovem comunidade que desabrocha como uma flor perfumada. Que as orações dessas novas irmãs subam aos céus com odor agradável e, na certeza da intercessão de São Bento, intercedam por todos os sacerdotes e bispos do mundo que ainda teimam em comer o pão da terra.

Um comentário:

  1. sou uma vocacionada e simplesmente me emocionei com a fotos é uma pena que a maioria dos mosteiros que visitei não conservão mais as tradições da igreja vou rezar po elas e rezar também que minhas buscas aqui no Brasil não sejam em vão para encontrar um verdadeiro mosteiro Beneditino.....

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